Tarde de domingo e a garoa fina caia sobre a cidade, umedecendo o asfalto, as plantas e também a melancolia e a ansiedade de minha alma. Ansiedade essa que não mais eu conseguia dominar, reprimir ou esconder; e em uma atitude espontânea entrei no carro, e me dirigi até o local que minha alma tanto buscava. Passei por uma praça com árvores frondosas de um verde intenso, desci a rua, observei a padaria de muro azul na esquina do lado esquerdo, continuei descendo e avistei o nome da rua; meu coração bateu forte, acelerado, as mãos trêmulas e suavam frio, o riso nos lábios, a sensação de adolescência, bem típica de uma menina de 14 anos quando para na frente do garoto de que gosta, e o sorriso bobo toma-lhe a face os olhos brilham, cintilam, praticamente gritam um turbilhão de emoções do momento que nos deixa de pernas bambas, pois foi assim que fiquei. Quando entrei na rua de paralelepípedo estreita e observei as casas uma ao lado da outra, uma construção de arquitetura antiga,